Um grupo de moradores das Avenidas Novas lançou uma petição pública para defender “uma intervenção que garanta participação, mobilidade, estacionamento e segurança para todos” a propósito da intervenção da Câmara Municipal de Lisboa na Avenida de Berna. Os subscritores defendem a suspensão do arranque das obras e um período de consulta pública.
● Para os peticionários, a eliminação de todos os lugares de estacionamento à superfície, ao longo de toda a avenida (mais de uma centena), a supressão de uma via para automóveis em parte da avenida, com o reforço e segregação da via bus, eliminação de locais de cargas e descargas em toda a extensão do troço intervencionado, o aumento da insegurança para os utentes das paragens de transporte público, que passarão a ter ciclistas a passar-lhes à frente no acesso aos autocarros, e o aumento da insegurança para os condutores devido à instalação de separadores modelo ‘zipper’, da empresa Zicla, conhecidos por danificarem pneus e jantes em caso de pequeno encosto dos rodados de motas ou de automóveis, justificam o lançamento da iniciativa.
Segundo os subscritores, a eliminação do estacionamento “afecta tanto o estacionamento de residentes que vivem na própria Avenida ou áreas limítrofes, em prédios de cinco andares praticamente todos sem garagem, como os locais de paragem temporária para quem necessita aceder à vasta oferta de comércio, restauração e serviços, como cliente ou fornecedor de mercadorias”. No documento lembra-se ainda “a existência, no troço afectado, do Hospital Veterinário de Berna e da Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, ambos locais de concentração e paragem para tomada e largada de animais e de pessoas oriundas de vários pontos da cidade, e nem sempre em condições de aceder aos locais sem ser de automóvel”.
Os subscritores solicitam à Assembleia Municipal que as obras sejam suspensas, “até que seja dada uma alternativa aos locais de estacionamento eliminados, nomeadamente com o estudo de novos parques para residentes em estacionamento subterrâneo ou em silos, bem como o aumento do estacionamento nas ruas adjacentes”. Por outro lado, defendem que “sejam mantidos ou até aumentados os locais actuais de cargas e descargas da Avenida de Berna, dado que será incomportável serem colocados nas ruas adjacentes e as mercadorias transportadas pelo passeio, sendo ainda de garantir locais de paragem junto ao Hospital Veterinário Berna”. Os subscritores pretendem que “possam ser estudadas alternativas para promover a ligação ciclável entre a Praça de Espanha e a Avenida da República, nomeadamente com um aproveitamento das ruas paralelas, com menor fluxo de trânsito, que poderiam ser vias partilhadas”.
Peição defende maior audição
Os moradores defendem que a intervenção em causa “não avance sem a audição de quem, directa ou indirectamente, veja a sua vida ou negócio afectados, em sede de Consulta Pública”e que “a AML insista junto da CML pelo cumprimento das recomendações feitas a 12 de Janeiro”, nomeadamente “que sejam consultadas as Juntas de Freguesia sobre projectos de implantação ou alteração de ciclovias no seu território, previamente à sua concretização”. Por outro lado, consideram necessário “reforçar os mecanismos de divulgação e participação junto da população directamente e indirectamente visada” e avaliar “a possibilidade de realização de sessões públicas aquando do desenvolvimento de projectos com forte impacto em termos de percepção de mobilidade, como são as ciclovias”.
A petição, que pode ser assinada aqui, tinha mais de 323 assinaturas no fecho desta edição.f
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