João Palmeiro, Associação Portuguesa de Imprensa: ‘Freguês’ é um jornal local de terceira geração

João Palmeiro, Associação Portuguesa de Imprensa: ‘Freguês’ é um jornal local de terceira geração

19 de Janeiro de 2023 0 Por redacção

“O ‘FREGUÊS’ é um jornal local de terceira geração”, afirmou João Palmeiro, presidente da Associação Portuguesa de Impensa (AIP), durante as comemorações do Dia Nacional de Imprensa que decorreram a 14 de Dezembro na Universidade de Évora, acrescentando que “o seu âmbito de cobertura está directamente relacionado com os seus leitores enquanto parte de uma comunidade local, seja ela uma pequena aldeia isolada, seja uma circunscrição administrativa no meio de uma grande cidade”.



● Para João Palmeiro, “os jornais, no que respeita ao âmbito da cobertura noticiosa que prometem aos seus leitores, estão dependentes da vontade do editor que define o objectivo da recolha de notícias, e da evolução da logística que foi oferecendo, ao longo da história do jornalismo, diferentes capacidades de fazer chegar o jornal mais longe e mais depressa, com o consequente alargamento da cobertura disponível”.
Na opinião do presidente da API, “com a chegada das disponibilidades digitais, que origina comunidades autónomas de interesses de vizinhança, os jornais voltaram a poder escolher com toda a diferenciação o âmbito geográfico ou comunitário da sua cobertura”. “Assim o ‘FREGUÊS’ insere-se na terceira geração já que determina o seu título e a sua identidade pela divisão administrativa, em Portugal chamada freguesia”, salienta.
João Palmeiro refere que “ao assumir o nome que se atribui aos cidadãos da circunscrição de menor dimensão em Portugal, o ‘FREGUÊS’ assume-se genuinamente como um jornal hiperlocal de terceira geração”.

O que são os jornais de terceira geração
João Palmeiro considera que “os jornais locais de terceira geração, ou hiperlocais, são o regresso voluntario e assumido editorialmente à comunidade definida pelos interesses comerciais, culturais e administrativos de vizinhança”, acrescentando que “a logística e mesmo a mobilidade pública ou privada só interessa quando se contém dentro dos limites da circunscrição”. Esta visão “afirma a grande relevância e importância destes jornais que publicam e tratam jornalisticamente tudo o que fica esquecido ou escondido na falta de espaço ou de dimensão de impacto — audiência”.
Os jornais de terceira geração são, por isso, “os mais desprotegidos e os que necessitam de maior supervisão por parte dos reguladores”, sublinha o presidente da AIP.

Iniciativa inovadora
Este responsável considerou o ‘FREGUÊS’, “uma interessante e importante iniciativa no panorama mediático português e até europeu”. João Palmeiro afirmou que “seguindo uma tradição de publicações hiperlocais em Portugal de que restam alguns casos de freguesias semi-rurais ou paroquiais, o âmbito deste jornal é muito inovador e contém grandes potencialidades não só na sua edição em papel como em suportes digitais”, acrescentando que esta iniciativa editorial “é uma importante oportunidade para o comércio local e tradicional, bem como para a economia social que está em grande desenvolvimento”.


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