A intervenção da Junta de Freguesia (JFAN) em jardins e parques infantis tem sido criticada pelos fregueses que acusam a autarquia de intervir só depois da reabertura dos parques infantis, após meses de confinamento, seja por motivos eleitoralistas, dada a proximidade das eleições autárquicas, seja por não incidir em todos os espaços desejados pelos fregueses.
● No caso do Jardim Gomes de Amorim, próximo da Casa da Moeda, a JFAN foi acusada de vedar o acesso ao parque infantil em plena Primavera, retardando o regresso das crianças ao local depois de meses de confinamento, por ocasião das obras no jardim.
Em Maio, a JFAN fez saber que o parque ficaria encerrado “devido a condições estritas de segurança da obra”. Financiada pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) e executada pela Junta de Freguesia, a obra visa a requalificação profunda com “criação de novas áreas de lazer, instalação de novo mobiliário urbano e requalificação do existente, bem como a renovação das zonas relvadas e da restante vegetação arbórea e arbustiva, melhorando as condições para a sua correcta manutenção, com a instalação de uma nova rede de rega automática”.
Igualmente financiada pela CML e executada pela JFAN, é a requalificação do Jardim Amélia Carvalheira, na Av. Marquês de Tomar, junto à igreja de Nossa Senhora de Fátima.
São cinco meses de obra, orçada em cerca de 140 mil euros e com intervenções no pavimento, instalação de novas plantações e relvados, recuperação e reforço do mobiliário urbano, criação de um parque canino e preparação de infra-estruturas para posterior instalação de um quiosque.
Entretanto, em Maio, a Comissão de Moradores do Bairro Azul dirigiu a Ana Gaspar, presidente da JFAN, um email solicitando uma intervenção no parque infantil do bairro.
No documento, os subscritores sugerem uma “troca do chão de pedras por pavimento esponjoso, que não aqueça com o sol, visto as pedras estarem cheias de lixo levado pelo vento ou que é deixado no local”, uma troca do baloiço por outro “mais estável e seguro” e até fazer um novo parque “num sítio com mais espaço e plano, onde se possa ter, por exemplo, um escorrega”.
O único parque infantil com uma intervenção prevista pela JFAN, além de pontuais intervenções correctivas, é o do Campo Pequeno. O início dessa obra está previsto para o Verão, dado que envolve a aplicação de um novo pavimento em borracha, que requer tempo quente e ausência de humidade.
Junta recusa críticas
Ao ‘FREGUÊS DE AVENIDAS NOVAS’, a JFAN rejeita acusações de eleitoralismo e salienta a sua “vontade de melhorar as condições de acessibilidade, conforto e segurança no espaços públicos”.
A autarquia refere que “em algumas situações, o período em que os parques estiveram fechados, por causa da pandemia, não coincidiram com os períodos em que as obras puderam ter lugar, por razões inerentes aos ‘timings’”, acrescentando que “os Contratos de Delegação de Competências com a CML foram assinados em Maio de 2019”.
A JFAN teve “apenas dois anos para realizar mais de uma dezena de projectos e respectivas obras que propôs”, apesar das dificultadas geradas pela crise sanitária, morosidade dos processos e prazos inerentes “aos procedimentos estabelecidos no Código de Contratação Pública”, que “são por si só sumidouros de tempo”.
A JFAN gere 13 espaços de jogo e recreio, alguns com equipamentos de fitness associados, e desde o início do mandato do actual Executivo (Outubro de 2017) despendeu cerca de 90 mil euros nesses espaços, quer em medidas de manutenção, quer na promoção de novos equipamentos.f
JA
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