Bataria da Parede: Parque Urbano para quando?
Quem passa no Alto da Parede, junto ao Centro Médico dá de caras com um grande cartaz da Câmara Municipal de Cascais (CMC) a anunciar a requalificação dos antigos terrenos da Bataria da Parede com um investimento superior e três milhões de euros. No final de 2022, prometia-se para breve a abertura do espaço ao público, mas os sinais de abandono e vandalismo continuam bem presentes a quem visita o espaço.
● No cartaz, o Município promete espaços de lazer, a criação do Museu de Artilharia de Costa e uma cafetaria. O ‘FREGUÊS DE CARCAVELOS PAREDE’ sabe ainda que no local se prevê a instalação da sede da Associação dos Amigos da Artilharia de Costa Portuguesa (AAACP).
A CMC promete ainda o “início dos trabalhos logo que o Estado transfira a gestão para a Câmara de Cascais”. A tomada de posse dos terrenos por parte da CMC deu-se no dia 16 de Setembro de 2022, após a assinatura do acordo de entrega com o Ministério da Defesa.
Com pompa e circunstância, a autarquia anunciava, a 19 de Setembro de 2022, o primeiro dia das operações de limpeza do espaço. Na altura foi anunciado que após a desmatação, os terrenos começariam a ser preparados para a reaqualificação.
A segunda fase do projecto camarário incluia a criação de um núcleo histórico e museológico, em parceria com o Exército Português e a AAACP. Finalmente, seria implementado um Parque Urbano com diversas valências. A promessa da CMC em construir o Parque Verde vem desde 2014, pelo menos.A dura realidade
O ‘Freguês de Carcavelos Parede’ visitou o espaço nas primeiras semanas deste mês. O mato continua pujante. Apenas alguns locais foram sujeitas a uma limpeza, que mais ter a ver com a prevenção de incêndios. De resto, o mato está alto. Também o estado de degradação das peças de artilharia e dos diversos edifícios existentes é evidente para quem visita o local. Existem ainda alguns bancos nos trilhos que permitem usufruir do horizonte a perder de vista.
O espaço está polvilhado de trilhos feitos pelos frequentadores do espaço, sejam para passear cães, sejam para pequenos passeios de bicicleta ou mesmo gozar a vista. Há ainda, os que vandalizam os edifícios e as peças de artilharia, hoje já património histórico, e utilizam os locais mais escondidos dos olhares indiscretos para consumo de drogas e outras actividades ilícitas.
Efectivamente, algumas medidas implementadas para proteger o local não se revelam eficazes, num espaço que continua sem vigilância. A cerca está cortada em alguns locais, a porta de homem, no muro levantado para proteger e vedar o acesso às casamatas, foi arrancada com as ilhargas e repousa, abandonada e com sinais do tempo, no chão.
As peças de artilharia estão totalmente grafitadas e degradadas, tendo sido roubados alguns dos seus elementos. Os sinais da ferrugem já se veem a olho nu, em alguns locais. A falta de intervenção neste património histórico pode vir a inviabilizar a sua recuperação integral.Abertura ao público para quando?
No final do ano passado, ideia da autarquia era numa primeira fase, segundo Nuno Alves, presidente da Junta de Freguesia, “abrir o parque verde urbano à população, ao mesmo tempo que vão decorrendo as obras de recuperação do edificado e das batarias”. Nestas declarações, o autarca anunciava a abertura do espaço ao público em breve. “Depois vai ser estudada toda a parte museológica contando a história da artilharia portuguesa e da defesa de costa”, concluiuVisita ao aos terrenos
Depois de publicado este artigo no ‘Freguês de Carcavelos Parede’, Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais (CMC) e Nuno Alves, presidente da União de Freguesias de Carcavelos Parede, visitaram os terrenos da Bataria da Parede, acompanhados por diversos responsáveis envolvidos no projecto. Segiundo a comunicação oficial, esta iniciativa destinou-se a “alinhar conceitos e acertar ideias relativas à requalificação que será desenvolvida no espaço”.Este artigo vale:
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DonativoLaranjeiras vai crescer em altura
O Parque Urbano Bensaúde vai integrar uma parcela da antiga Quinta do Furão que já se encontram infraestruturadas apesar de estarem encerradas ao público. Toda esta zona da freguesia vai ser reformulada profundamente com novas urbanizações. Os edifícios podem atingir 19 andares e a Estrada de Benfica vai ter um separador central ajardinado.
● O Município prevê a expansão do referido espaço verde com parcelas da Quinta do Furão, entre outras cedidas no âmbito de contrapartidas das urbanizações que se preveem para a zona. Actualmente, a parcela contígua da Quinta do Furão ao Parque Bensaúde está fechada ao de público, apesar de já terem sido feitos alguns investimentos como a criação de arruamentos com bancos, conforme o ‘FREGUÊS DE SÃO DOMINGOS DE BENFICA’ revelou na edição passada, embora atribuindo erradamente as imagens ao Parque Bensaúde.
O edificado da Quinta do Furão, considerado com ‘valor cultural’, encontra-se em estado avançado de abandono e degradação.
José da Câmara, presidente da Junta de Freguesia, declarou que a referida zona se encontra encerrada ao público devido “à existência de um pinheiro seco em risco de queda”, acrescentando que a JFSDB “tem como prioridade a limpeza e manutenção das áreas que estão a ser utilizadas”. Não obstante, “toda a área da quinta do furão foi intervencionada no dia 8 de Maio e já se encontra limpa embora se mantenha encerrada ao público”.
Quanto ao edificado, a Junta de Freguesia não dispõe de verba suficiente para o recuperar e requalificar, aguardando uma decisão da Câmara Municipal de Lisboa sobre o assunto.
As obras implicam um investimento superior a um milhão de euros. José da Câmara espera sensibilizar Carlos Moedas, presidente da CML, durante uma visita que deverá ser realizada em breve para verificar as condições actuais de degradação do espaço.
Para a JFSDB, o edifício da Quinta do Furão deverá ser transformado num centro cultural e numa centralidade da freguesia e da cidade.
No projecto camarário, prevê-se ainda novos espaços verdes e equipamentos de utilização colectiva, melhorando a sua articulação com o Parque Urbano Bensaúde.Estrada da Luz vai ser requalificada Toda a zona da antiga Quinta Bensaúde foi loteada. O projecto camarário visa promover a actividade terciária ao longo da Estrada da Luz, reforçando o papel estruturante desta via e aproveitando a proximidade a transportes públicos. Quando à Avenida Lusíada será acentuado o seu perfil habitacional, aproveitando a proximidade dos novos equipamentos públicos e da acessibilidade ao Parque Urbano Bensaúde. A intervenção da CML vai abranger a Estrada da Luz, no troço compreendido entre o viaduto da Avenida Lusíada e a entrada do Parque Bensaúde e a Rua Ernâni Lopes, adjacente à Avenida Lusíada, no troço contíguo aos terrenos da antiga Quinta de Bensaúde. Prevê-se ainda a criação de novo arruamento de acesso à Rua João Hogan a partir da Rua Ernâni Lopes que vai permitir o acesso ao Parque Bensaúde pelas áreas contíguas à Quinta do Furão e a possibilidade de retorno junto ao Convento de São Domingos. O projecto vai reperfilar a Estrada da Luz e a Avenida Lusíada.
Mais estacionamento
Por outro lado, vai ser criado estacionamento público ao longo da Estrada da Luz, em torno do novo separador central e do passeio do lado norte, assim como no novo acesso à rua João Hogan. O estacionamento existente naquela artéria será reorganizado.
Prevê-se também a construção de um novo parque de estacionamento público subterrâneo na Estrada da Luz, com três pisos e capacidade para 390 lugares. Ao todo, propõe-se a criação de 629 lugares, dos 243 serão em via pública.Mobilidade pedonal melhorada
Quanto à mobilidade pedonal, serão aumentadas as áreas de circulação de peões, devido ao alargamento dos passeios na Estrada da Luz. No separador central, serão criados espaços de circulação pedonal enquadrados nas áreas verdes a criar sobre o estacionamento público subterrâneo e que possibilitará ligações transversais entre os passeios; Também se prevê o alargamento do passeio na Avenida Lusíada e passeios adicionais ao longo dos novos arruamentos previstos, incluindo nos de acesso condicionado, nos quais se prevê que num dos lados se mantenha uma faixa de circulação pedonal exclusiva de três metros de largura. A intervenção prevê ainda uma ciclovia bidireccional na Estrada da Luz.Edifícios com 19 pisos
O projecto de Loteamento de Iniciativa Municipal (LIM) para a zona pretende dar continuidade às “áreas edificadas adjacentes”, preservar e valorizar “o património construído e paisagístico” da zona, nomeadamente o Parque Urbano Bensaúde (PUB) “enquanto área verde de grande valor paisagístico e patrimonial”.
A CML pretende ainda suprir as “carências de equipamentos coletivos e espaços verdes ainda patenteados na zona” e “requalificar um troço relevante do tecido urbano de Lisboa”.
A operação de urbanização prevê também cinco lotes destinados a vários usos: um será exclusivamente para serviços; dois serão para habitação e comércio; outros dois, para habitação, comércio e serviços.
Os lotes terão um máximo de 19 pisos acima da soleira e três abaixo. Ao todo, serão 444 fogos.
A intenção da CML é implementar uma escola básica com jardim-de-infância, com uma área bruta de construção de cerca de 3.800 m2, e capacidade para 16 turmas e 450 alunos em turnos. Prevê-se ainda a construção de um Centro de Congressos e duas unidades hoteleiras.Este artigo vale:
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DonativoLinha de Cascais: circulação de comboios condicionada
As obras de modernização da Linha de Cascais estão a provocar algumas interrupções no troço Cais do Sodré – Algés – Cais do Sodré. A circulação de comboios está interdita durante os horários da noite e fins de semana. Estas limitações vão durar até Setembro.
● Esta intervenção visa melhorar as condições de mobilidade e acesso dos passageiros, através da instalação de nova sinalização, sistemas de controlo de velocidade, de Informação ao público e de videovigilância. A modernização da Linha de Cascais vai abranger ainda a remodelação de diversas estações e apeadeiros.
As limitações à circulação dos comboios entre Cais do Sodré e Algés registam-se nos seguintes horários: de segunda a sexta-feira, entre as 23h e 05h; de sábado para domingo, entre as 19h50 e 09h50; de domingo para segunda-feira, das 19h50 às 04h50.
Não obstante, haverá algumas excepções. Durante o festival de música NOS Alive, que se realiza entre 6 a 8 de julho, a circulação dos comboios será normal, assim como nos dias dos concertos de ‘The Weeknd’, ‘Maroon 5’, ‘Mötley Crüe + Def Leppard’ e ‘Harry Styles’, que também se realizam neste espaço em Algés nos dias 6, 12, 13 e 23 de Junho, e 18 de Julho.Prevê-se ainda a normal circulação normal dos comboios entre os dias 28 de Julho e 7 de Agosto e no dia 17 de Setembro.Alternativas
Para atenuar os constrangimentos impostos aos utilizadores da Linha de Cascais, a Infraestruturas de Portugal disponibiliza meios alternativos, nomeadamente o transbordo através de autocarros.● Estação Cais do Sodré
Praça Duque da Terceira, em frente à Gelataria Fiori.● Estação Santos
Av. 24 de Julho sentido Cais do Sodré: Na paragem da Carris à saida da estação.
Av. 24 de Julho sentido Algés: Na paragem da Carris no passeio oposto ao da estação.● Estação Alcântara-Mar
Av. da Índia sentido Cais do Sodré: Na paragem da Carris à saida da estação.
Av. da Índia sentido Algés: Na paragem da Carris, em frente ao Hospital CUF Tejo.● Estação Belém
Av. da Índia sentido Cais do Sodré: Na paragem da Carris à saida da estação.
Av. da Índia sentido Algés: Na paragem da Carris Metropolitana, junto ao jardim Afonso Albuquerque.● Estação Algés
Largo da estação de Algés, terminal rodoviário, junto à Av. Marginal.
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DonativoCarcavelos, Parede e Avencas com ‘Bandeira Azul’
Carcavelos, Parede e Avencas são as praias da freguesia que têm ‘Bandeira Azul’ este ano.
● Este galardão é um símbolo de qualidade ambiental atribuído anualmente a praias fluviais e costeiras que se candidatem ao galardão e que respeitem quatro critérios: informação e educação ambiental; qualidade da água; gestão ambiental e equipamentos; segurança e serviços. Mais genericamente, o prograna distingue o esforço de diversas entidades em tornar possível a coexistência do desenvolvimento local a par do respeito pelo ambiente, elevando o grau de consciencialização dos cidadãos em geral, dos decisores em particular, para a necessidade de se proteger o ambiente marinho, costeiro e lacustre. A iniciativa ‘Bandeira Azul’ é promovida em Portugal pela Associação Bandeira Azul da Europa(ABAE), secção portuguesa da Fundação para a Educação Ambiental. O direito de hastear e manter a Bandeira Azul, significa que a ABAE reconheceu, no momento da atribuição, o cumprimento de uma série de rigorosos critérios ambientais, educacionais, de segurança e acessibilidade. A última vez que as praias de Cascais receberam a ‘Bandeira Azul’ foi em 2016. Este ano o concelho tem 11 praias com esta distinção.
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DonativoAvenida de Berna: ciclovia alterada até Setembro
Até Setembro, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) vai alterar a ciclovia da Av. De Berna, cuja implementação tem sido muito contestada por moradores e utentes da zona.
● O troço da ciclovia entre a Praça de Espanha e o Largo Azeredo Perdigão vai passar a ser bidirrecional. Depois será desviada para a Avenida Elias Garcia por um corredor ‘30+bici’ até à Avenida da República. Com esta alteração, a CML prevê recuperar 108 lugares de estacionamento. Numa segunda fase, a ciclovia bidireccional será prolongada até à Igreja Nossa Senhora de Fátima e desviada para o interior do bairro.
Estas alterações serão provisórias e visam a eliminação das ciclovias unidireccionais existentes entre o Largo Azeredo Perdigão e a Avenida da República.
A CML está a estudar um percurso definitivo para toda a ciclovia que será implementado em 2024 e já anunciou que alguns dos 108 lugares de estacionamento desaparecerão. Dos três quarteirões da Avenida de Berna, apenas um continuará a ter ciclovia – o quarteirão da Praça da Fundação Calouste Gulbenkian.Solução de compromisso
Recorde-se que esta ciclovia é muito contestada pelos moradores que promoveram uma petição intitulada “Contra a instalação da ciclovia e a retirada de estacionamento da Av. de Berna” (Petição 07/2021) com cerca de 270 assinaturas. Os peticionários pediram uma “solução de compromisso” com a manutenção do canal ciclável precisamente entre a Praça de Espanha e a igreja, e, neste ponto, o seu desvio para dentro do bairro.
Quando chegou à presidência da Junta de Freguesia, Daniel Gonçalves, declarou-se “totalmente contra a ciclovia na Avenida de Berna, porque foi mal feita”. Também Filipe Anacoreta Correia, vice-presidente da CML, afirmou na última reunião descentralizada do Executivo municipal que a ciclovia “está mal desenhada” e que se vai manter com outro trajecto.
Desde que foi criada, a ciclovia regista uma baixa utilização. Segundo os contadores instalados nesta infra-estrutura, passarão cerca de 400-500 bicicletas por dia. A baixa popularidade da Avenida de Berna pode ser explicada pelas constantes interrupções da via ciclável quando intersecta com o trânsito automóvel ou o peão.Petição defende ciclovia
Entretanto, foi lançada uma outra petição intitulada “Avenida de Berna-intervenção a pensar nas pessoas” que conta com 322 assinaturas no fecho desta edição. Segundo os peticionários, “a promoção e segurança de modos alternativos de mobilidade é um passo importante para o cumprimento dos compromissos nacionais e internacionais de Lisboa e Portugal”, acrescentando que “a melhoria da qualidade de vida proporcionada por uma Avenida deve ser conferida a todas as pessoas: quem nela vive, estuda, trabalha ou utiliza”.
Para os subscritores da petição, “a alteração anunciada (eliminar parcialmente a ciclovia para criação de mais estacionamento) privilegia o automóvel e afasta as pessoas”.
Na petição afirma-se que “a Avenida de Berna como espaço maioritariamente dedicado ao automóvel, é uma via de atravessamento que convida a velocidades elevadas em pleno centro da cidade com muitos atropelamentos”, defendendo que “se pretende uma via mais amigável, que permita uma melhor convivência e que não promova o afastamento das pessoas”.
Os peticionários lembram que o relatório da 8.ª Comissão Permanente – Mobilidade, Transportes e Segurança sobre a Petição 7/2021, aprovado por unanimidade, deu origem à Recomendação 004/01, aprovada por maioria, com a abstenção do MPT e o voto contra do Chega, “recomenda à CML melhorar as alterações introduzidas na Avenida de Berna sem as reverter”.Ciclovia conflituosa
Segundo estes subscritores, “a ciclovia da Avenida de Berna tem demonstrado uma elevada taxa de crescimento na sua utilização. A título de exemplo, “os dados recolhidos entre 19 de Abril de 2022 e 2023, registam um aumento de 304 para 651 utilizadores diários (aumento de 114%) e aumento de 227 para 471 de utilizadores em média nos últimos sete dias (aumento de 107%)”. E admitem que existem conflitos de diversa ordem: “subsistam obstáculos ao longo do percurso como o estacionamento automóvel abusivo e zonas partilhadas com peões que, ao mesmo tempo, quebram o traçado linear que seria desejável nesta infraestrutura, fomentam conflitos desnecessários e inaceitáveis entre peões e pessoas em bicicleta que desmotivam uma utilização ainda mais intensiva”.
Para os peticionários, “atribuição de um corredor BUS e a introdução da ciclovia melhoraram a estrutura de mobilidade desta Avenida”, mas reconhecem que existem “situações inaceitáveis e chocantes de passeios extremamente estreitos que nem sequer cumprem o Decreto-Lei n.º 163/2006, assim como conflitos graves entre peões, utilizadores de bicicleta e veículos automóveis”.
Neste sentido, defendem que é “premente repensar uma Avenida de Berna segura e confortável para todas as pessoas, em especial as mais vulneráveis”.
Estacionamento: falsa questão
Na petição afirma-se que “o estacionamento foi eliminado” para que “a entrada e saída de veículos não perturbasse a circulação de autocarros no novo corredor BUS, procurando melhorar a sua eficiência, e não pela introdução da ciclovia”.
Os subscritores referem que “a Avenida de Berna é um eixo classificado no Plano Director Municipal (PDM) como de 2.º nível, o que significa que pode não ser possível acomodar estacionamento à superfície”, mesmo que seja retirada a ciclovia. Segundo os peticionários, “existiam 1072 lugares na zona da Avenida de Berna e artérias adjacentes, dos quais 20% se encontravam livres no período noturno e na Avenida de Berna, durante a noite, os residentes ocupavam habitualmente 60 dos 101 lugares disponíveis”.
Ciclovia estruturante
Na petição afirma-se que esta ciclovia é estruturante na rede ciclável da cidade de Lisboa, “pois é o trajecto mais curto e directo entre o Novo Jardim da Praça de Espanha e a Rede de Ciclovias do Eixo Central”. Por conseguinte, “retirar a ciclovia, sem fundamentação técnica como a decorrente do resultado da auditoria em curso à rede ciclável na cidade de Lisboa e participação pública, é um erro”.
Os peticionários referem que a melhoria da Avenida de Berna passa “pela melhoria da ciclovia da Avenida de Berna e não simplesmente por encontrar soluções parcialmente convenientes”, defendendo um “amplo de processo consulta pública que esta Avenida confira segurança e melhoria da qualidade de vida a todos os seus utilizadores”.Este artigo vale:
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DonativoMarcha de São Domingos de Benfica: “realizei um sonho de criança”, diz Jani
Jani Gabriel, modelo e apresentadora de televisão, é uma ferrenha adepta do Sport Clube Benfica (SLB). Saiba porque é madrinha da Marcha de São Domingos de Benfica.
● São Domingos de Benfica foi a primeira freguesia onde viveu quando se mudou do Algarve para Lisboa. “Vivo na freguesia há 10 anos, onde me sinto completamente em casa”, confessa.
Espontânea e descontraída, Jani não pensou “duas vezes” quando recebeu o convite para ser a madrinha da Marcha de São Domingos de Benfica. Até porque é “um sonho de criança ser madrinha de uma marcha popular”. Desde muito pequena lembra-se de ver na televisão o desfile na Avenida da Liberdade e de não conter as lágrimas “porque queria muito fazer parte marchas”. A freguesia onde vive e ser adepta do SLB são outras razões que a levaram a aceitar de imediato ser madrinha da marcha.
Jani Gabriel considera que se deve “lutar e honrar as tradições da cidade e as marchas populares são uma delas”, acrescentando que se deve “dar continuidade ao que é português”.
Para a madrinha, é extraordinário “ver todos os marchantes empenhados de alma e coração nas coreografias contra todas as adversidades”. Para a modelo, não se trata só trabalho e dedicação, “mas sim de muito amor pela história e tradição”.
A modelo foi recebida nas novas funções com festa e alegria pelos marchantes ”têm uma responsabilidade maior”. A experiência está a correr e admite que está “gostar muito de toda a equipa e do ambiente que se sente nos ensaios”.
Jani Gabriel revela que se os prémios fossem apenas por amor à camisola e dedicação “o 1.º lugar seria de São Domingos de Benfica sem sombra de dúvidas”, acrescentando que “sentir que a missão foi cumprida e divertida é o mais importante”, conclui.Este artigo vale:
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DonativoMarcha de São Domingos de Benfica: “experiência gratificante”, diz Toni
António Oliveira, mais conhecido por Toni, chegou a Lisboa em 1968 e vive, há 53 anos, na Rua João Couto na freguesia de Benfica que ao tempo integrava a maior parte do território que hoje constitui a freguesia de São Domingos de Benfica. Saiba as razões que o levaram a apadrinhar a Marcha de São Domingos de Benfica.
● António Oliveira, mais conhecido por Toni, chegou a Lisboa em 1968 e vive, há 53 anos, na Rua João Couto na freguesia de Benfica que ao tempo integrava a maior parte do território que hoje constitui a freguesia de São Domingos de Benfica. Esta relação foi aprofundada com a integração de Toni na equipa de futebol do Sport Lisboa e Benfica (SLB), há 34 anos. “A ligação à freguesia tem muito a ver com o Estádio da Luz”, confessa Toni, padrinho da Marcha de São Domingos de Benfica, o que acontece pela primeira vez.
Tudo começou por um convite. José da Câmara, presidente da Junta de Freguesia, telefonou à antiga glória benfiquista e lançou-lhe o repto. A idade, 77 anos, fez hesitar quanto à resposta. Além de que nunca tinha pensado em integrar uma marcha popular. Tudo se resolveu num almoço que contou com a presença de Isabel Mendes, presidente da Comissão de Moradores de São Domingos de Benfica e grande dinamizadora da marcha. Toni acabou por aceitar a responsabilidade de ser padrinho da marcha: “trata-se de uma experiência que tem a ver com o povo e as suas tradições”, afirma Toni, acrescentando que o grupo de trabalho “é gente de trabalho e que fora do horário laboral se entrega com dedicação, paixão e bairrismo à marcha”.
A progressiva integração do antigo jogador na marcha tem sido positiva. A sua chegada ao grupo foi marcada com abraços, selfies com os marchantes e uns “viva ao Benfica”. “Ainda bem que aceitei”, desabafa Toni, pois “está a ser uma experiência gratificante e interessante”. Para o antigo jogador, “a forma como as pessoas se entregam, contagia e mobiliza-nos para o compromisso com o projecto”.
Embora a marcha participe num concurso em que cada um tem que dar o seu melhor, “sendo um grande desafio para todos os envolvidos”, Toni considera que o mais importante “é divertir-se e divertir” toda a equipa.Este artigo vale:
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DonativoFeira do livro até 13 de Junho
Até 13 de Junho, decorre a 93.ª edição da Feira do Livro de Lisboa (FLL), no Parque Eduardo VII.
● O certame, organizado pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), promete ter este ano “a maior oferta editorial de sempre”. Apesar dos pedidos para aumentar o número de pavilhões, a FLL mantém o mesmo espaço do ano passado, devido à preparação da Jornada Mundial da Juventude que vai decorrer no mesmo espaço em Agosto.
Este ano, a FLL terá 139 participantes, mais de 980 chancelas editoriais e os mesmos 340 pavilhões da edição de 2022,
Apesar de não haver investimento em mais equipamentos, os pavilhões receberam melhoramentos, assim como vão ser corrigidas as acessibilidades para atenuar as dificuldades que enfrentam as pessoas com mobilidade reduzida.
Este ano, a organização focou-se na consolidação do novo modelo do certame, apresentando uma edição renovada a vários níveis, que pretende ser mais inclusiva e pensada para responder às necessidades e expectativas dos diferentes públicos. O famoso passadiço foi actualizado, foram criadas mais zonas de estar e de sombra, o reposicionamento de alguns equipamentos de apoio, novos conceitos de restauração, com maior diversidade, acessos aos pavilhões revistos e instalações sanitárias do evento reforçadas com mais equipamentos para pessoas de mobilidade reduzida, dando espaço a todos os leitores para visitarem a feira.
Para Pedro Sobral, presidente da APEL, considera “fundamental que cada visitante que passe pela Feira do Livro sinta que foi recebido da melhor forma possível e que fique com vontade de regressar”. Este responsável refere que “há cada vez mais pessoas a passar mais tempo no recinto e, de facto, a repetir a visita, comprovando que os investimentos que temos vindo a fazer nesse sentido estão a dar frutos”.
Os horários da feira vão sofrer uma ligeira alteração: em vez de fechar às 24h, passa a fechar às 22h00, nos dias de semana, e às 23h00 nos fins-de-semana e vésperas de feriado.Este artigo vale:
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DonativoGrande Arraial de Benfica entre 22 e 25 de Junho
José Malhoa e Pedro Abrunhosa são as atracções principais do Grande Arraial de Benfica, que se realizará entre os dias 22 e 25 de Junho na Alameda Padre Álvaro Proença.
● O evento contará ainda com a presença de outros artistas, como Fernando Daniel, Bateu Matou, David Carreira, Tributo Popular e Maruja Limon. A programação começa na quinta-feira, dia 22 de junho, com as apresentações de Irma e Fernando Daniel. No dia seguinte, haverá marchas infantis seguidas pelos shows de Bateu Matou, David Carreira e Tributo Popular. No sábado, as marchas de Paredes e da Boavista tomarão conta da festa, seguidas pelas apresentações de José Malhoa e do Grupo Revelação. O encerramento do Grande Arraial de Benfica será no domingo, dia 25 de junho, com o concerto de Pedro Abrunhosa e Maruja Limon. De realçar que a festa não se limita aos quatro dias do Arraial, já que as Grandes Festas de Benfica decorrem durante todo o mês de Junho em cada bairro da freguesia, com uma vasta programação cultural e desportiva que inclui concertos e bailes. O Bairro Santa Cruz será o primeiro a receber os arraiais nos dias 2 e 3 de junho, seguido pelo Calhariz de Benfica. O Grande Arraial de Benfica é um dos eventos de referência da cidade.
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DonativoCasa Pia: época ‘brilhante’ da equipa sensação
Apesar da derrota por 2-1, no passado dia 14, o confronto com o Porto foi um jogo que mostrou a ‘garra’ do Casa Pia Atlético Clube, a equipa sensação da I Liga Profissional de Futebol. “Este jogo espelhou uma época de organização e qualidade”, afirmou o técnico Filipe Martins. Apesar de tudo, o CPAC deixou fugir a presença na Europa, um objectivo que ainda era acalentado há duas semana.
Durante a primeira parte do campeonato nacional, o CPAC chegou a ocupar o quinto lugar da classificação à frente de um dos grandes, o Sporting, para surpresa de todos os comentadores e analistas. A novidade foi tanto mais inédita quanto os gansos são ‘noviços’ na disputa da i Liga.
Esta época marcou o regresso do clube à primeira divisão, após 83 anos de ausência. Temos de recuar até à longínqua época 1938-39 para encontramos o CPAC na competição maior do Futebol Nacional.
A equipa então treinada pelo jornalista Ricardo Ornelas apenas venceu um jogo, frente ao Barreirense (2-1), tendo sido derrotada nos restantes 13 jogos que realizou.
No regresso ao escalão principal, os ‘gansos’ chegaram com uma ideia em mente: no mínimo, atingir metas bem mais superiores às de 1938-39. E deste ponto de vista, o clube cumpriu. Actualmente, o CAPC encontra-se na decima posição com 40 pontos, os mesmos que o Boavista (11.º) e o Vizela 89.º), com 11 vitórias, 7 empates e 15 derrotas.
Para Filipe Martins, o jogo com o Porto demonstrou a “coragem” da equipa e revela “uma época conseguida e brilhante que o Casa Pia está a fazer”.Este artigo vale:
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