Estacionamento: moradores lançam petição contra modelo da EMEL

Estacionamento: moradores lançam petição contra modelo da EMEL

25 de Julho de 2019 0 Por redacção

Os moradores consideram que os modelos de gestão de estacionamento da EMEL trouxeram conflitualidade à freguesia e contraria a vida comunitária.

Moradores de várias zonas da freguesia estão a mobilizar-se em torno de uma petição contra o modelo de gestão de estacionamento de curta duração que a EMEL implantou. Os promotores consideram que a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia “não deram o devido conhecimento à população” das intenções daquela empresa municipal”.

A Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica deu parecer favorável a implantação das 16 zonas de estacionamento e paragem de duração limitada (ZEDL). A posição da JFSDB, datada de 10 de Agosto do ano passado, foi tomada “após análise das plantas das ZEDL” preconizadas pela EMEL. Por outro lado, a discussão pública a propósito deste zonamento deu-se já no período de férias de Verão, já com residentes em férias.


Modelo contestado


As pretensões desta empresa foram contestadas por muitos sectores da vida económico, social e política da freguesia. As 16 micro-zonas são consideradas um exagero e sem critério por muito moradores e comerciantes que as consideram um forte obstáculo à mobilidade na freguesia e ao desenvolvimento do comércio local favorecendo as superfícies comerciais que dispõem de estacionamento gratuito. Uma moradora afirma-nos que ir ao seu cabeleireiro habitual na freguesia passou a ter um custo adicional, pois por norma demora mais do que duas horas e terá sempre que se preocupar em colocar moedas no parquímetro”.


Não é cómodo, nem prático. E quem diz cabeleiro, diz supermercado, mercearia, veterinário e outro comércio local. Os peticionários entendem que o modelo que foi imposto, com 16 micro zonas de estacionamento, dificulta a mobilidade de moradores e trabalhadores, assim como dificulta ainda mais o acesso ao comércio tradicional da freguesia. “Até para levarmos os filhos à escola temos de pagar!”, afirmam-nos. Para estes subscritores, a “ocupação da EMEL” de todo o estacionamento veio trazer “conflitualidade à freguesia”.


Novas propostas 


Entretanto, surgiram algumas propostas que não foram consideradas pela Executivo camarário, quer pela Junta de Freguesia. Uma delas propunha a redução de zonas para quatro e outra propunha um novo modelo de gestão semelhante ao que foi implementado na Venteira, Amadora, autarquia dominada pelos socialistas. Segundo este modelo, que não provocou a contestação da população, os moradores que tenham um veículo estão isentos de pagar.

Neste momento, a Junta de Freguesia propôs que se reduzissem as zonas para dez, proposta que está a ser analisada pela CML. Por outro lado, a EMEL pondera alterar as suas pretensões, pois as micro-zonas estão a criar muitos anti-corpos entre a população e poderá definir zonas maiores mais de acordo com as dinâmicas e a vida de bairro.f