Author: Luís Curado

Tropecei na Fotografia ainda muito novo. Um dia, o meu pai levou para casa uma máquina reflex, que acabou por ir parar a um armário, onde eu a resgatei. Habituada a só funcionar nas férias e nos acontecimentos festivos, a pobre coitada foi posta à prova, e de que maneira. Tinha 12 anos, quando comecei a ‘cravar’ a família para satisfazer as necessidades fotográficas mais imediatas. Fiz do meu pai e da minha mãe e de mais uns quantos familiares mecenas à força e lá fui conseguindo comprar os primeiros rolos e revelar as primeiras fotos. Com o tempo, a curiosidade foi dando lugar a uma paixão, que tem vindo a acompanhar-me ao longo da vida. Durante os anos dourados do analógico, do P&B passei para os slides. E fui experimentando de tudo um pouco: Paisagem, Retrato, Vida Selvagem, Concertos, Abstracto e… Macro. Foi ao mergulhar neste Mundo em ponto pequeno que descobri uma infinidade de pormenores a que não damos atenção no corre-corre do dia-a-dia. E aprendi a respeitar ainda mais a Natureza, também pela forma como nos surpreende a cada instante, a cada clique. Da velhinha Nikon FM, comprada em segunda mão e que fazia os pombos voarem em redor a cada disparo, passei para outros modelos mais recentes e mais silenciosos. Com o tempo, os pombos da vizinhança deixaram de sofrer de taquicardia… Pelo caminho, fui guardando sempre as lentes que ia adquirindo, desde o pré-AI até à actualidade. Agora, na era do digital, elas continuam a ser companheiras fiéis e a funcionar muito bem nos corpos mais recentes. Sempre gostei desta aliança entre o moderno e o antigo. Para mim, a Fotografia é um compromisso com o momento, captar o instante com o prazer de um olhar único, mostrar a marca do nosso sentir, estar lá, presente e com identidade própria. Testemunhar o irrepetível de um ângulo e com um enquadramento só nosso. É esse um dos grandes desafios da “arte de pintar com a luz”. E como escreveu o bom Fernando Pessoa: “Se eu vir aquela árvore como toda a gente a vê, não tenho nada a dizer sobre aquela árvore. Não vi aquela árvore”.
29 de Dezembro de 2022 0

‘Bairro Feliz’ apoia cinco causas

Por Luís Curado

O monumento de homenagem ao ciclista, uma aspiração antiga do Grupo Sportivo de Carcavelos (GSC) que aguarda a sua inauguração oficial poderá ser um plágio de um pictograma de autoria de um dos maiores gráficos do século XX, o alemão Otto Aicher.

20 de Julho de 2021 0

Bataria da Parede: requalificação implica investimento de 3,2 milhões

Por Luís Curado

A 28 de Maio foi publicado em ‘Diário da República’ a cedência por parte do Ministério da Defesa das antigas instalações da 2.ª Bataria do Regimento de Artilharia de Costa (RAC) à Câmara Municipal de Cascais (CMC), terminando um processo que se arrastava desde 2014. A criação do Museu dedicado à Artilharia de Costa e à Fortificação Marítima na História de Portugal, no alto da Parede, vai implicar um investimento de 3,2 milhões de euros. A autarquia promete novidades para breve.

25 de Abril de 2021 0

Museu da Vinha e do Vinho: projecto de Santa Engrácia

Por Luís Curado

Anunciado com pompa e circunstância em 2005, o Museu da Vinha e do Vinho de Carcavelos (MVVC) mantém, volvidos 16 anos, a intenção inicial: um projecto. Um projecto que acabou mesmo por dar um passo atrás. Inicialmente, o Plano de Pormenor para a Quinta do Barão, apresentado pela Câmara Municipal de Cascais (CMC) em 2009, previa a transformação das antigas adegas da quinta num novo espaço museológico dedicado ao vinho licoroso de Carcavelos. Mas agora, com a alteração desse plano, o Museu deixou de fazer parte da equação para o local.

24 de Abril de 2021 0

Museu de Artilharia de Costa: ex-militares colaboram

Por Luís Curado

A Câmara Municipal de Cascais (CMC) chegou a acordo com o Exército Português e o Ministério da Defesa Nacional quanto à criação de um Museu dedicado à Artilharia de Costa e à Fortificação Marítima na História de Portugal, no alto da Parede, nas antigas instalações da 2.ª Bataria do Regimento de Artilharia de Costa (RAC), que se encontram degradadas e ao abandono. Uma das entidades que tem seguido o processo negocial e confirmado no terreno, “com desgosto”, o abandono e degradação das instalações previstas para instalação do museu é a Associação dos Amigos da Artilharia de Costa Portuguesa (ARTCOSTA), com a qual o jornal ‘FREGUÊS DE CARCAVELOS PAREDE’ contactou para saber mais pormenores sobre o projecto museológico.