Penso ser inquestionável a crescente necessidade de equipamentos capazes de dar assistência a uma população crescentemente envelhecida. Benfica não foge a esta tendência, acompanhada por uma redução da população, como se vê pela simples constatação do número de recenseados que, em menos de dois anos (entre as eleições autárquicas de 2021 e o Referendo Local de 2023), perdeu cerca de 500 eleitores.
São conhecidos vários exemplos na História em que o poder dominante, institucional ou não, absorveu, infiltrou ou criou estruturas capazes de silenciar a voz das suas causas e a organicidade de movimentos populares, substituindo-os por um artifício de comunidade e representatividade e transformando-os em meras caixas de ressonância do poder vigente.
No mês passado, a propósito da forma ardilosa como o poder político local fabrica consensos com a dita sociedade civil, abordei um pouco do que se está a passar e o que se planeia para o Jardim da Parada.
‘Pode um espaço ser um lugar?’ É uma pergunta que atiro para o anunciado espaço ‘Cine-Teatro Turim’. Defino espaço enquanto existência material (paredes, tecto, divisões, cadeiras, etc.) e lugar como o espaço que é vivido, com identidade e património de vivências, relações e cultura.
● Inicialmente criada para regular o estacionamento nos bairros históricos e zonas de grande centralidade, a EMEL conheceu, nos anteriores mandatos autárquicos, uma expansão sem precedentes, passando a regular freguesias inteiras e chegando às periferias da cidade, mesmo em zonas com reduzida procura de estacionamento diurno. Por José Antunes
Os lisboetas apontam a falta de estacionamento como um dos maiores problemas da cidade e Benfica não foge à regra. Artigo de José Antunes
Da “reunião participativa” de 19 de Outubro saiu o compromisso de Ricardo Marques, presidente da Junta de Freguesia, de promover a realização de um referendo local sobre a presença da EMEL na freguesia.
A ciclovia da Avenida Lusíada só beneficiou quem fez a obra, a poluição e o congestionamento. Refiro-me à via exclusiva para velocípedes construída nesta artéria, implementada à conta da supressão parcial de uma via de trânsito nos dois sentidos.
No passado dia 19 de Abril, o executivo da Junta de Freguesia de Benfica promoveu “uma reunião pública com os moradores da zona da Quinta da Granja e Av. do Colégio Militar”, com o objectivo de ouvir os residentes desta zona. Tudo isto seria normal se não viesse inscrito na ordem de trabalhos a proposta de “criação de uma Associação de Moradores da zona Quinta da Granja / Colégio Militar”.
A ciclovia da Avenida Lusíada só beneficiou quem fez a obra, a poluição e o congestionamento. Refiro-me à via exclusiva para velocípedes construída nesta artéria, implementada à conta da supressão parcial de uma via de trânsito nos dois sentidos.
