A patinagem artística está em grande desenvolvimento no seio do Clube Futebol Benfica (CFB). Depois de algumas vicissitudes, o grupo organizou-se. Apesar de se encontrar ainda numa fase inicial, os resultados começam a surgir.

● A patinagem artística surgiu em 2014, mas a vida do núcleo não foi fácil. Em 2019, a equipa técnica e grande parte das atletas saíram do CFB. O que parecia o fim de uma modalidade acabou por se tornar uma oportunidade para um grupo de pais mais persistente. A direcção do Fofó aceitou o desafio, permitindo a continuidade da modalidade. Na altura, começaram com 12 atletas.

Agora são os pais, imbuídos do espírito pro bono, que gerem, a secção de patinagem artística do CFB. Eles desdobram- -se pelas diversas funções de gestão, financeiras, logística e comunicação. Os pais dispostos a aceitar todas as exigências desta modalidade, são ainda fiéis seguidores das suas atletas, suportando todas as despesas com equipamentos e deslocações necessárias à participação nas competições. Os pais são ainda a força motriz da motivação de todo o grupo de trabalho.

Na vertente desportiva, a equipa de gestão é coadjuvada por um conjunto de seis técnicos, liderado pelas treinadoras Andreia Teixeira e Paula Vilela e pelas treinadoras-júnior Beatriz Gonçalves, Catarina Antão, Rita Barros e Mariana Mendes.

Amizade, a chave do sucesso

Resiliência e amizade são a marca do núcleo de patinagem do CFB. Aliás, foi esta solidariedade que manteve a modalidade activa, mesmo no tempo da crise pandémica. Houve que se realizar treinos a distância, com ajuda das novas tecnologias, treinos ao ar livre até regresso ao pavilhão com treinos regulares.

Apesar das dificuldades, os praticantes de patinagem artística aumentaram. Agora são cerca de 90 atletas, com idades entre os 4 aos 20 anos, que competem nos escalões de Iniciação, Benjamim, Infantil, Iniciado, Cadete, Juvenil, Júnior, Sénior. O núcleo participa nas competições organizadas pela Associação de Patinagem de Lisboa e a Federação Portuguesa de Patinagem, entre torneios particulares. Ao todo, são mais de 20 competições distritais, nacionais e promovidas por entidades particulares.

As dificuldades

Apesar de tudo existem dificuldades. A principal relaciona-se com o local de treino e, principalmente, com os horários que tem se ser negociados todos os anos com a JFB. Segundo dirigentes do núcleo, salientam que a modalidade é muito exigente, “sendo necessários conseguir horários regulares e ajustados à vida familiar e escolar”. A situação é mais pertinente em relação aos atletas de Iniciação, com idades a partir dos 4 anos”.

A curto e médios prazos, o objectivo principal é manter a estabilidade entre secção, equipa técnica e grupo de atletas. Depois, surge o crescimento do núcleo ao nível da oferta desportiva, apostando na formação de jovens atletas. Finalmente, os gestores do grupo de trabalho apostam na qualidade competitiva.