Rua Marquês da Fronteira: ciclovia vai ser corrigida

Rua Marquês da Fronteira: ciclovia vai ser corrigida

6 de Outubro de 2023 0 Por redacção

O traçado da ciclovia que liga a Avenida Duque d’Avila ao Alto do Parque, passando pela Rua Marquês da Fronteira vai ser corrigido, representando um investimento 937,6 mil euros.

● A zona está a sofrer profundas alterações com a expansão do jardim da Gulbenkian e também com a renovação do Largo de São Sebastião, que implicará alterações ao actual traçado da ciclovia. As obras visam “corrigir problemas de continuidade e conflitualidade com peões na pista ciclável”, e melhorar a acessibilidade pedonal.

A memória descritiva refere que “a importância da Rua Marquês de Fronteira na hierarquia da rede viária, associada a larguras de via inferiores ao recomendado, não permitem corrigir o desequilíbrio entre o espaço viário e o pedonal, sem ser pelo espaço ganho com o recuo do muro do jardim”.

A nova solução ciclável mantém a “pista ciclável bidireccional, segregada do trânsito automóvel”, mas esta passará a ser “implantada sempre entre a via e o passeio”. Segundo o projecto,“as melhorias na circulação ciclável resultarão de uma infra-estrutura sem interrupções nos pontos críticos (nas travessias de vias e junto à paragem da Carris) e da redução de conflitos com os peões, por circularem em canais a cotas diferentes e por redução do número de cruzamentos entre os percursos dos peões e dos ciclistas”.

Por outro lado, a ciclovia “será rebaixada para a cota da via e os pontos de conflito serão tratados, no sentido de obter soluções claras, legíveis e comuns”, ou seja, vai deixar de passar pelo passeio.

As alterações

A Rua Marquês da Fronteira vai ganhar uma ampla área pedonal, assim como espaços verdes. As árvores que antes estavam dentro do espaço da Gulbenkian passarão a ser canteiros públicos, circundados por zonas abertas de circulação e estadia.

No cruzamento da Rua Marquês da Fronteira com a Avenida António Augusto Aguiar vai ser suprimida uma via para dar lugar à ciclovia. Todo o atravessamento ciclável em frente ao ‘El Corte Inglés’ vai ser revisto, assim como a ligação à ciclovia que sobe para o Parque Eduardo VII, para resolver a actual conflitualidade com peões.

O projecto prevê uma única alteração ao desenho viário: a anulação do espaço correspondente à via dedicada à viragem à direita para a Avenida António Augusto Aguiar (no sentido de saída da cidade)”, permitindo um perfil de duas vias por sentido em toda a rua. Por outro lado, a paragem de autocarro será deslocalizada e a ciclovia passará por trás acabando com a actual interrupção. A ligação à Avenida Duque d’Ávila vai ser melhor definida com a pintura do atravessamento ciclável e de uma passadeira no final da ciclovia da Duque d’Ávila. O projecto prevê ainda ligações cicláveis à rede ’30+bici’ existente na Rua Pinheiro Chagas (em direcção a Picoas) e aos 30+bici que vão ser criados no Largo de São Sebastião.

Circulação pedonal

O projecto pretende definir claramente as ciclovias e o canal pedonal. Na intersecção da Rua Marquês da Fronteira com a Avenida António Augusto Aguiar, a deslocação da ciclovia para a estrada, com a supressão de uma via, permitirá resolver o estrangulamento no passeio e aumentar a largura disponível para o percurso de peões para entre 2,5 e 4,7 metros.

Nas áreas mais inclinadas, a calçada passará a ser mista com cubos de vidraço branco e granito, para uma melhor aderência e segurança. Serão melhoradas as condições nas travessias pedonais com tempos de verde adequados nos semáforos.

No quarteirão do jardim da Gulbenkian, o recuo do muro permitirá alargar o passeio do lado oposto – junto ao Palácio Vilalva – para três metros. Já do lado do jardim, o passeio passará a ter dois corredores: um com três metros junto à pista ciclável: outro, mais interior, entre o novo muro e os novos canteiros.


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