A Universidade de Carcavelos

Hoje, escrevo sobre a Nova School of Business and Economics (Nova SBE). Porque gosto muito desta Comunidade, fiquei extremamente contente que esta escola superior viesse para cá.

● Sei que não foi por escolha direcionada exclusivamente para esta simpática urbe, mas, e também porque aqui se reuniam as condições que permitiam a sua localização. Consta-se que a acção da Câmara Municipal de Cascais com os proprietários dos terrenos não foi a mais aceitável, mas, este não é assunto que me diga respeito, nem sequer tenho provas da veracidade do que as pessoas comentam.

Portanto, vou continuar com a que foi a minha intenção de escrever.

Uma população de 2.100 alunos, 300 professores, mais o pessoal auxiliar, serão, sempre, uma mais-valia para qualquer comunidade. Depois, esta não é uma população qualquer: trata-se de pessoas que serão o supra-sumo da sociedade no campo das ciências económicas, financeiras e, ainda, empresariais. Também a investigação tem, aqui, o seu polo criativo e inovador.

A ciência, seja qual for, está continuamente em progressão e, é destas pessoas, devidamente preparadas, que sai a inovação científica que, por sua vez, dá ao País um estatuto de modernidade e progresso.

Este progresso, que nasce do cruzamento da Universidade com as empresas, é o que fará de Portugal um País de vanguarda e de aumento do rendimento nacional.

A qualidade do ensino nesta escola já cruzou fronteiras e, hoje é já uma das universidades mais conceituadas e procuradas por alunos de todo o mundo. Aqui se vêm já recrutar alunos no fim dos seus cursos. Os caça-cabeças já estão presentes e atentos aos cérebros de vanguarda, oferendo-lhes melhores e mais bem remuneradas condições de trabalho.

Só vislumbro aqui um problema: é que estes dotados (portugueses) vão todos para fora, porque a nossa débil e sub-desenvolvida economia não tem lugar para eles. Temos a ciência, mas falta-nos o local para a sua aplicação prática e produtiva.

Também, neste espaço, tenho de culpar alguém: os nossos governos esquecem o investimento produtivo, não só público, mas também privado. As nossas empresas, sobrecarregadas de impostos não têm a acumulação de capital que lhes permita o crescimento com alguma autonomia financeira e, pior ainda, é que quando crescem são atacadas de todos os lados.

Este é um assunto, cujo desenvolvimento não cabe nestas parcas palavras, será exposto de outra forma.

Há, ainda, outro aspecto desta escola, que é o seu campus e a sua paisagem, duas ópticas que também contribuem, e muito, para a grandeza de Carcavelos.

Tudo por Carcavelos.