
Vergonha
27 de Setembro de 2023Volvido um semestre, o de 2023, o Clube Futebol Benfica (CFB) continua sem ter relevantes desenvolvimentos, no tocante a três pontos de primordial importância.

● Não obstante, os esforços desta Direção, acompanhados pela Junta de Freguesia de Benfica, o certo é que continua o Clube à espera da Câmara Municipal de Lisboa (CML), para que lhe sejam disponibilizados os meios jurídicos e burocráticos necessários ao arranque das tão esperadas obras de requalificação do seu espaço desportivo, nomeadamente a emissão da taxa urbanística com a deferida redução do espaço desportivo a edificar e posterior emissão do alvará de construção.
Desde maio de 2023 que aguardamos. Não é só este impasse burocrático que tem criado constrangimentos ao normal desenvolvimento do Clube: aguarda-se igualmente desde Março de 2023, a atribuição por parte da CML da licença de utilização provisória para o seu atual estádio, documento oficial imprescindível para poder disputar as competições organizadas pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), nomeadamente a participação na segunda Liga Feminina de Futebol sénior.
A crescente burocratização das competições desportivas, cada vez mais e maiores exigências em pessoal especializado, em licenciamentos diversos, tem dificultado a vida dos clubes menos preparados para responder a tantas solicitações, obrigando-os a um esforço sem precedentes aos níveis financeiro e organização administrativa para responder a todas as normas regulamentares.
Por fim, e não menos importante, porque igualmente impacta de forma severa no dia-a-dia do CFB, está igualmente o impasse nas negociações com a CML, que mais uma vez se remete ao silêncio, sobre a prorrogação ou não da licença de exploração do posto de combustível CEPSA, o que impede a projeção de futuras receitas e até a definição de um orçamento plurianual. Importará dar relevância ao comportamento da CEPSA, que se tem mostrado, um parceiro importante do CFB, no sentido de aguardar igualmente, com imensa paciência, por uma resposta por parte do Município.
O CFB atravessa um período de enorme desgaste negocial, com importantes decisões administrativas para o seu futuro sem resolução à vista, o que torna a sua gestão corrente muito difícil de operacionalizar. Haja paciência!
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