Clube Nacional de Ginástica comemora 73 anos de vida

O Clube Nacional de Ginástica (CNG) comemorou o seu 73.º aniversário, homenageando os seus sócios mais antigos com emblemas de 25, 50 e 65 anos de filiação.

● O Clube Nacional de Ginástica foi fundado a 5 de Junho de 1950. Reza a história que a sua criação foi envolta em discussões, zangas e abandonos motivados por discordâncias quanto à escolha do nome, das cores do clube, do emblema, dos estatutos, entre outros aspectos. Realizaram-se diversas reuniões para debater o tema. Até que Guilherme Guedes teve a ideia de propor “Clube Nacional de Ginástica” à votação. A opção vingou, tendo sido a mais votada pelos fundadores. Guilherme Guedes, pessoa muito ligada a actividades desportivas, sobretudo na área da Ginástica, foi o primeiro presidente da nova colectividade. Em simultâneo foi desenhado o emblema do Clube, que teve uma autoria colectiva: Nuno de Barros, Manuel dos Santos Franco e João Abreu.
Depois, surgiu a questão da sede que permitisse um recanto de leitura, uma sala de reuniões, um local onde fosse possível jogar um bridge e, sobretudo, um espaço para a prática desportiva, nomeadamente o Voleibol e a Ginástica. A primeira sede localizou-se na Av. da República, na Vila Moita, até 1997.
Apesar das dificuldades, a determinação de alguns fundadores acabou por ter sucesso na criação do Clube Nacional de Ginástica.
A CNG escolheu um caminho difícil. Recusou a prática do futebol e optou por modalidades à data da sua fundação pouco desenvolvidas associadas a uma componente cultural, acabando por se tornar uma colectividade de cariz elitista. Voleibol, Ténis de Mesa. Natação, Ténis, Artes Marciais, Futebol de Salão, Xadrez, Bridge, são algumas das modalidades hoje mais bem democráticas do que antigamente.
A vida da colectividade teve alguns percalços. Por vezes foi necessária a boa vontade dos sócios mais abonados financeiramente para resolverem compromissos inadiáveis. Todas as crises foram suplantadas, mesmo a que se abateu em 1974/1975, período em que o C.N.G. se transformou em sede de grandes debates políticos que originaram cisões e rupturas tempestuosos. Após estes tempos conturbados, o CNG recomeçou as suas actividades com grande empenho, mas demasiado fragilizado, tendo sido necessários vários anos para retomar a sua vitalidade, a qual terá sido alcançada sob a presidência de Júlio Correia. Hoje, o Clube vive em perfeita normalidade.
Entretanto, devido ao esforço do sócio fundador Júlio Botelho Moniz, o CNG começou a utilizar as antigas instalações do Rádio Clube Português, que acabou por adquirir, proporcionando um excelente espaço para as práticas desportivas e de lazer.