
Parque Quinta da Alagoa: viva a liberdade!
13 de Abril de 2023Nas poucas linhas desta coluna, não venho falar da história da Quinta da Alagoa. Sobre este tema, já muitos historiadores se debruçaram sobre esse património e, sobretudo, sobre as suas vicissitudes da quinta, que foi o berço do lendário Vinho de Carcavelos, até à degradação das vinhas que lhe deram o nome. E que nome importante durante tantos anos. Nem me preocupei em pesquisar quantos, mas sei que foram muitos.

● Venho, apenas, expressar a minha opinião sobre o estado do parque, descrito e apregoado por algumas pessoas que, talvez, por estarem interessadas no espaço, se dão ao trabalho de emitirem a sua opinião. E, porque não concordo com a maioria delas, visitei de propósito, pormenorizadamente, o dito espaço público.
Apesar de não concordar com essas opiniões negativas, não quero deixar de pensar que serão opiniões superficiais que outros intuitos não terão que melhorar, ainda mais um local de recreio único em Carcavelos. Quando se critica, normalmente, pretende-se aperfeiçoar ou, pelo menos, melhorar o que já está feito.
A quinta esteve abandonada durante um dilatado período de tempo mas, um dia, foi parar às mãos da Câmara Municipal de Cascais (CMC) que, por sua vez, permitiu a urbanização da sua maior parte e, tal como prometeu ao seu anterior proprietário, respeitou a vontade de destinar a superfície não edificada para um local público de recreio.
É certo que essa finalização não foi célere, mas onde é que havia, então, dinheiro em abundância para realizar tudo o que faltava em Cascais? A CMC, tal como outras no País, não era rica, como hoje, e tinha de atender a muitas mais solicitações do que os recursos disponíveis permitiam. Este foi o espaço e o tempo do passado.
Agora, pretendo falar do presente, no que respeita apenas, ao parque, não ao edificado. Como atrás disse, visitei de propósito o parque, e o que vi: um espaço amplo, bem tratado, com estruturas sociais de bom nível e, aparentemente, bem geridas.
Por falta de espaço não posso continuar com estas descrições. O que mais me chamou a atenção nas críticas, a que tive acesso, em alguns jornais da Linha, foram sobre os animais que andam, por ali, à solta. Estão cheios de fome e vão para as ruas à procura de comida, livres e sem acompanhamento.
Aqui reside o principal motivo da minha intervenção: eu, se fosse pavão, ou mesmo qualquer outra ave, e pudesse viver em liberdade, num espaço como aquele, gostaria de o poder explorar, sem reservas, para o conhecer melhor e descobrir onde poderia encontrar a fonte de água mais fresca para matar a sede no Verão; escolher a sombra da árvore mais frondosa do Jardim, rodear-me e conviver com os outros animais da minha espécie e, por que não, também com outros diferentes?!
Chamaria eu a isto, liberdade! E ser feliz com essa liberdade não me parece que possa prejudicar alguém. No reino animal, seremos nós, humanos, tão diferentes dos outros, que queiramos todo o bem-estar da natureza e sobretudo a liberdade toda para nós?
A liberdade é um conceito demasiado amplo, que poderá, e deverá, ser distribuído por todos!
Este artigo vale:
Agradecemos o seu contributo para uma imprensa local autónoma, independente e livre.
Donativo






