Alto do Parque: quiosques chumbados

Uma recomendação do Iniciativa Liberal (IL) para concessão de exploração de dois quiosques com esplanadas e venda nocturna no alto do Parque Eduardo VII foi chumbada pela Assembleia de Freguesia, com os votos favoráveis do IL (2) e BE (1), contra do PSD (4), CDS/PP (4), PCP (1) e Chega (1) e abstenção do PS (5).

● O objectivo da recomendação, que não obedeceu a nenhum estudo prévio segundo uma fonte do IL, era “dinamizar e criar vida nocturna positiva e saudável para aquela zona”. De acordo com o IL, “as questões de criminalidade e prostituição no bairro do alto do Parque Eduardo VII, cuja população residente desespera há anos por não haver abordagem que resolva estas situações, devem ser abordadas de uma forma integrada”. Pelo que, “paralelamente a outras medidas, deveremos apostar igualmente em trazer alguma vida nocturna saudável e positiva, por forma a que naturalmente a criminalidade e prostituição de rua desapareçam por utilização desses espaços para fins lúdicos e turísticos”, refere-se no texto.
Os locais propostos para a instalação dos quiosques seriam “na Rua Castilho com a Rua Marquês da Fronteira, olhando para Norte, imediatamente do lado direito do Calisthenics Park (parque de musculação em frente ao EPL) onde actualmente se encontra um parque de gravilha, e em frente à entrada principal da Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho na Rua Rodrigo da Fonseca”, afirma o IL.

<H2>Proposta não é inédita</H2>

A proposta relativa a um quiosque junto à ESMAVC não é inédita. Em Novembro de 2020, Gonçalo Moita, então deputado municipal e vogal da JFAN apresentou na Assembleia Municipal de Lisboa uma proposta para estudar a criação de uma praça no quarteirão da ESMAVC que foi aprovada por unanimidade. Uma apresentação que ocorria um ano depois de “ter sido apresentado ao Departamento de Mobilidade da CML um estudo de viabilidade para a criação de tal praça, da autoria do atelier de arquitectura AIA, com o apoio da AMBAP”, enquadrável no programa municipal ‘Uma Praça em Cada Bairro’, conforme escrevemos no ‘FREGUÊS DE AVENIDAS NOVAS’ em Janeiro de 2021, sem que até essa data tivesse havido qualquer resposta da CML à proposta.
Sobre a proposta agora apresentada pelo IL, a AMBAP mostrou-se satisfeita, até porque em parte vai ao encontro de uma ideia sua, mas lamenta o seu chumbo.
Existem ainda moradores contra a instalação de um quiosque no cruzamento entre a Rua Castilho e Rua Marquês da Fronteira, pois entendem que diminuiria os lugares de estacionamento no local e aumentaria o nível de ruído e o tráfego automóvel.

JORGE ALVES